Parte das famílias retornaram para suas casas em Galópolis

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Desde que chegaram a Caxias, o grupo de geógrafos do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), acompanhados pelos geólogos da Secretaria do Meio Ambiente (SEMMA) estão acompanhando e avaliando os riscos das encostas de Galópolis, a área mais atingida em Caxias pelas fortes chuvas.

Neste sábado (18), após esta primeira etapa dos trabalhos, o geólogo e diretor de Gestão Ambiental da SEMMA, Caio Torques, baseado nos trabalhos, avaliou que não há necessidade de novas evacuações no bairro. Na área da rua Antônio Chaves, conferida no sabádo (18), por exemplo, que não foi evacuada; os poucos moradores que ainda permanecem em suas casas foram informados sobre a situação das encostas. 

As ruas José Comerlato e José Casa seguem totalmente bloqueadas, pois o solo não tem estabilidade, tem bastante eucaliptos caídos na encosta e materiais pendurados causando ainda preocupação. “Nas outras áreas, não tem novas fissuras e novos escorregamentos, mas ainda é de risco de deslizamentos. O material se manteve estável, sem evolução nos últimos dias. Atrás do sindicato, à direita da BR, onde houve o deslizamento atingindo o cartório ainda fica interditado até que se faça a contenção do talude (o proprietário dos terrenos será notificado pra fazer a contenção)”, explica Caio.

A partir de segunda-feira (20), a equipe carioca fará o mapeamento da área onde houve deslizamento. “É o trabalho de risco residual, que é a avaliação após os deslizamentos caso ainda tenha algum movimento posterior a isso e se ainda há risco para as famílias”, informa o diretor.

REUNIÃO NA COMUNIDADE: Os técnicos e secretários municipais que participam do gabinete de crise do município se reuniram com a comunidade de Galópolis no final da tarde deste sábado na Igreja Matriz. Na ocasião, foi explicada toda a situação das encostas e algumas famílias foram liberadas para voltar pra suas casas. 

Ainda não estão liberados pra voltar os moradores da rua José Casa, a partir do cemitério, da rua José Comerlato e do lado ímpar da rua Pedro Chaves. Também segue interditada a área do Sindgal e duas casas no fundo e estacionamento do moinho, à direita da BR. E ainda duas áreas nas ruas Faustino Tissot e Batista Tissot (mapas em anexo – a área vermelha tem risco iminente de ruptura). No total, 70 casas seguem interditadas, por tempo indeterminado.

Desde o início das chuvas fortes no Estado, em 30 de abril, Galópolis foi o bairro mais atingido no desastre. Foram registradas sete mortes e uma pessoa ainda segue desaparecida. Mais da metade dos moradores estava fora de suas casas, isto é, cerca de 260 famílias, a maioria abrigadas em casa de família e amigos. O prazo para o retorno, dependendo das condições climáticas e após avaliações de geólogos, encerrava neste domingo.

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Paulo

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