Albertina Alves de Albuquerque nasceu em 1909. Viveu uma vida cheia de experiências, ficou viúva duas vezes, foi homenageada na Casa do Povo com o título de Cidadã Caxiense. Deixou três filhos, oito netos e nove bisnetos. Entre suas paixões, era conhecida pela confecção das colchas de retalhos, quase uma metáfora da própria vida: juntar os pedaços que ficam e aproveitá-los para compor algo novo e melhor.
Dona Albertina estava entre os cinco primeiros moradores do Recanto da Compaixão no dia 1º de abril, mas logo na primeira semana apresentou complicações de saúde e foi encaminhada à UPA Central onde esperou leito. No dia 09, deu entrada no Hospital Geral para os cuidados, mas devido a fragilidade que apresentava, faleceu por volta das 07h30 deste sábado de insuficiência renal como causa principal.
O idealizador do Recanto da Compaixão Frei Salvador, frei Jaime Bettega destacou que “dona Albertina ensinou sobre a vida, ensinou a ter esperança, fé e ensinou que o trabalho dignifica toda a existência. Ela não se preocupou com as roupas que levaria para o Recanto, mas se preocupou com a sacola de retalhos para continuar confeccionando as colchas. Albertina não ficou muito tempo conosco, mas o tempo que ficou foi intenso e nos fez pensar e sentir que a vida pode ser longa, mas necessariamente, dever ser feliz”, disse o frade.
Dona Albertina será velada a partir das 16h, na Sala B das Capelas São Francisco e o seputalmento será no domingo (14), às 10h no Cemitério Parque.
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